terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O cortiço

Eeitaaa nóis! hehe

Este blog está seguindo uma tendência egoísta... escrevo cada vez mais como (e quando) quero, pensando mais em deixar minha história guardada pra que eu mesma veja depois do que em compartilhar com outros. Mas se alguém passar por aqui... seja bem vindo e espero que goste! 
Por estar em uma das maiores fases de transição da minha vida (lembrando as cenas dos últimos capítulos: depois de uns quase 10 anos de faculdade, finalmente terminei o curso de Psicologia e então estou prestes a iniciar minha carreira profissional nessa área), tem muita coisa acontecendo aqui dentro desta cabecinha ansiosa. 
Minha intenção para os próximos meses e anos é trabalhar como uma condenada é trabalhar o máximo que conseguir (em quantidade e qualidade). Tenho muitos planos e sonhos e tentativas (com certeza muitas frustrações e lutas) por vir ainda. Então estou tentando usar esse período de "férias" pra preparar mente, corpo e espírito para esse novo momento. A indicação de "férias"  - ou seja, estou trabalhando menos nesse período de mudança de emprego e não tenho mais provas e trabalhos pra fazer (uhuuu!) - deve servir como dica de que obviamente este post terá vários problemas de formatação, ortografia e conteúdo, porque é difícil escrever quando a mente só quer relaxar hehe. 
Tenho dormido e acordado mais cedo, buscado preencher meu tempo com coisas que me inspirem, me divirtam ou simplesmente me ajudem a controlar a ansiedade. Aproveitando para descansar bem e cuidar da minha saúde física e emocional com mais atenção, já que tenho esse tempo. 

Terminei o ano passado com um post sobre a visita para a cidade natal do meu pai. Começo o novo ano (ok, ok, sei que já estamos quase em março... mas é começo de ano ainda, vai!) falando da cidade da minha mãe: Santos ( rá rá rá! hehehe). 

Desde criança, passei muitas férias em Santos. É um lugar muito especial pra mim. Minha mãe veio para Araraquara com 15 anos de idade. Ela, sua mãe e seus irmãos há muito tempo perderam seu sotaque santista. Ainda assim, acredito que a ligação com a cidade (tão importante na história do nosso país) continuou sendo algo importante pra nossa família (o amor pela broa de milho que tem lá e não tem aqui, por exemplo). 

Falando em importante, o primo da minha mãe,  Nilson, criou sua própria pequena família com a minha queridíssima Renatinha e o filho deles (nosso "bebê" que agora está maior que todo mundo), Dan. Ficamos na casa deles, no Morro da Penha, onde minha mãe foi criada. 
O Morro é um lugar um tanto peculiar... Minha vó toda vez fica abismada do quanto o lugar tem mudado com o tempo. No começo morava ali uma maioria de Portugueses (incluindo minha Bisavó Hilda e Bisavô Aníbal - pais da minha vó Guiomar). Toda vez que vamos no Morro a vó Guigui comenta que na época quem morava no Morro eram os donos das casas e que tudo era novo e bem cuidado. Com o tempo, segundo ela, os donos alugaram as casas para outras pessoas e - para a minha vó pelo menos, não tiveram o mesmo cuidado. Tem muitas casas boas (eu felizmente fico em uma com o ar condicionado reinando e as duas geladeiras cheias de comida hehehe)... mas também tem mesmo outras casas bem judiadas e muita gente vivendo uma realidade completamente diferente. 
Em cada ida para lá, consigo ver nos olhos da minha mãe e da minha vó que elas estão em uma viagem ao passado. E sempre refletimos juntas em como teria sido nossa vida se o Vô Santana não tivesse mudado a família de lá para o interior de São Paulo. 

Bom, graças ao marido de uma prima da minha mãe, tivemos a chance de visitar um lugar muito especial na história da nossa família. O local que serve hoje como Igreja e ong para as crianças e jovens do morro, um dia abrigou o cortiço em que muitos eventos importantes para a família Santana ocorreram: - o lugar em que meu vô Adelino (pai da minha mãe) nasceu, - o lugar em que ele conheceu a minha vó Guiomar e - o lugar em que eles viveram seus primeiros anos de casados (e onde minha mãe viveu seus primeiros dois anos de vida). 

Seguem algumas fotos e vídeos. Pra variar esse blogger podre não está abrindo todas as fotos do meu celular, mas coloco depois. Vou postar assim mesmo pra não procrastinar mais a tarefa hehe. Queria ter me disciplinado para escrever esse post logo que chegamos. Teria sido mais inspirado, porque realmente foi um momento especial. Minha mãe se emocionou muito em lembrar das visitas para a vó Dita (madrasta do meu avô) e como ela disse, de pensar que naquele mesmo chão pisaram seus avôs, seu pai e até ela mesma, quando criança.  

Do Morro da Penha é possível ver o Porto de Santos... a casa do Nilson e da Renatinha fica em um lugar do morro chamado mirante, que tem uma vista linda do Porto... coloco foto de lá outra hora. Nessa foto: a horta cuidada pelo marido da prima da minha mãe. Ele encontrou na terra várias louças, objetos (Exemplo: pinico hehehe) usados na época do cortiço.
Meus avôs moraram na casa de baixo e meu bisavô na de cima. Ambas eram divididas em quartinhos, onde viviam umas 9 famílias. 
Minha mãe disse que essa escadinha continua igual, ela vai até a cozinha (na época, cozinha da vó Dita). 
Paredes, portas e janelas continuam as mesmas. 
O chão também é o mesmo... como já disse, o chão em que tantos da nossa família pisavam, uns 60 anos atrás!
O lugar em que ficavam quartos (incluindo o do meu bisavô), agora serve para atividades das crianças. 
Vó Guiomar explicando que aquela janelinha era da cozinha dela. 
Cozinha que agora é banheiro. 
Onde havia um banheiro (dividido por 9 famílias! minha nossa! hehe), agora é um corredor externo. 



Mas ainda há vestígios do extinto banheiro. hehe
Naquela porta dos fundos (que estava trancada), o dono do cortiço fazia bailinhos. Foi em um desses bailes que minha vó Guiomar e o meu vô Adelino se conheceram... o resto, como dizem, é história. A nossa história, no caso.  



Essa era uma parte externa dos quartinhos. Agora é fechado. Cada porta tinha uma escada (ver fotos abaixo). 


Vó Guiomar em uma escadinha como tinha no seu quarto... ela lembrou de como descia correndo para tirar as panelas do fogo! hehe 
Izildinha, minha mãe... feliz e emocionada! Linda!
Essa última porta, era do quarto em que meu vô nasceu e depois de adulto morou com a esposa e o primeiro filho (depois mudaram para outro quarto). 

Tem mais um vídeo, da varanda em que minha vó estendia roupas... e fotos do salão da Igreja agora... o local em que meu vô nasceu e depois morou com minha vó e meu tio Adelson, serve hoje como o lugar da banda. O que eu achei muito bonito... porque ele era músico! Tocava na banda da polícia militar e com certeza parte do meu amor pela música veio dele. Vou tentar dar um jeito de colocar as fotos e vídeos que faltam aqui depois. 

Pra mim, pessoalmente, é extremamente valioso saber de onde viemos. Conhecer a nossa própria história. Foi um momento inesquecível e enriquecedor e fico feliz de poder deixar registrado aqui. 

Essa semana mais um capítulo se inicia para nossa família, a chegada do mais novo integrante: Pedro Henrique - filho do meu primo Bruno. 
Semana que vem tem a minha formatura! (fogos de artifício, por favor!) Enfim.. muitas emoções para os próximos dias. Logo volto e registro mais dessas emoções aqui. 

Minhas gnominhas em sua viagem ao passado... 







3 comentários:

  1. as fotos ficaram ótimas! adorei a vó Guigui em frente a porta do bailinho! :)

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  2. E o blog voltou arrebentando!! Rever o passado é emocionante!!!Obrigada Pri!!

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